Adolescentes grávidas e estigmatização: experiência em uma unidade de medicina familiar em Michoacán, México
DOI:
https://doi.org/10.62514/amf.v26i6.101Resumo
Objetivo: Identificar a caracterização sociodemográfica e a presença de estigmatização em adolescentes grávidas. Métodos: Estudo transversal descritivo em adolescentes grávidas do Hospital Geral da Zona de Medicina de Família No.2 de Zacapu, Michoacán, México. Foi realizado entre os meses de fevereiro a julho de 2023. Os participantes concordaram em participar e assinaram a carta de consentimento informado ou a carta de consentimento informado, caso fossem menores. Para calcular o tamanho da amostra foi utilizada a fórmula para população finita. Foram analisadas variáveis sociodemográficas. Aplicou-se a “Escala de Estigmatização de Adolescentes Grávidas” para avaliar a presença de estigmatização em graus: baixo, médio e alto, que possui alfa de Cronbach de 0,890. Também foi aplicado o Questionário Graffar-Méndez Castellanos, com alfa de Cronbach de 0,846, para avaliar o estrato socioeconômico. Resultados: Foram entrevistadas 64 adolescentes grávidas, sendo 5 (7,8%) na fase inicial da adolescência, 14 (21,9%) na fase intermediária e 45 (70,3%) na fase tardia. 54 (84,3%) apresentaram estigmatização: alta 24 (37,5%), média 15 (23,4%), baixa 15 (23,4%). A alta estigmatização é mais frequente em gestantes donas de casa 23 (35,9%), coabitantes 26 (40,6%), com ensino médio 26 (40,6%), católicas 48 (75,0%) e primigestas 48 (75,0%). Conclusões: Existe um elevado nível de estigmatização em adolescentes grávidas; Daí a importância da participação da equipe multidisciplinar do primeiro nível de atenção para intervir não só na assistência à saúde do adolescente, mas também no núcleo familiar.